Pesquisa indica que 87% das famílias estão endividadas no Paraná

Paraná teve uma leve queda em outubro, em relação à setembro deste ano. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira (29), 87,5% das famílias possuem alguma espécie de dívida. No mês anterior, o percentual estava em 88,4%. O Paraná segue na liderança como o estado brasileiro com o maior percentual de endividados - sendo que para 10,1% dos consumidores as dívidas assumiram proporções que os fazem afirmar que não terão condições de quitá-las ainda neste mês.

Conforme a pesquisa, entre os endividados, 23% têm contas atrasadas, e 54% possuem débitos atrasados há mais de 90 dias. Nestes casos, o consumidor é considerado inadimplente. O montante é superior ao registrado em setembro (45,9%) e inferior ao percebido em outubro do último ano (57,5%).

Nas famílias com renda de até 10 salários mínimos, ou seja, R$ 7.240,00, o percentual de endividamento acima de 90 dias, é de 55,7%. Ao se analisar as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, tem-se uma redução, e o percentual fica em 45,8%. O tempo médio de comprometimento com dívidas ficou em 7,2 meses em outubro.

A dívida mais comum, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), é a fatura do cartão de crédito, que aparece em 66% dos casos. Em seguida, aparecem o financiamento de veículos com 9,1%; financiamento imobiliário, com 10,4%; e carnês, com 7,3%.

Em média, 30,9% do orçamento das famílias no Paraná estão comprometidos com dívidas. A maioria dos endividados, 71,9%, compromete de 11% a 50% dos rendimentos com as contas mensais; 12,7% reservam até 10% do orçamento, e apenas 15,2% comprometem mais de 50% da renda com dívidas.

A  Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) é elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
O número de endividados no
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Organização
O primeiro passo para quem está endividado é visualizar a extensão do problema, para tanto, liste:
- Detalhadamente todas as dívidas (para quem deve, quanto deve, a quanto tempo);
- Seus créditos (salário, rendimentos extras, colaboração de familiares, aplicações, etc.);
- Todas as despesas.
Posteriormente visualize aonde é possível realizar cortes de despesas.

Controle
Verificadas as despesas, há diversas medidas radicais, mas necessárias, que podem ser tomadas, tais como:
- Adequar o padrão de vida aos seus reais rendimentos, mesmo na compra de produtos essenciais;
- Cortar supérfluos como

TV a cabo;
- Planejar sempre as compras, não comprando por impulso e gastando somente o necessário;
- Pesquisar preços, formas de pagamento e o CET (Custo Efetivo Total) antes de comprar qualquer produto;
- Não usar o valor do limite do cheque especial como um segundo salário;
- Procurar atividades de lazer gratuitas, como passeios a parques públicos, exposições, etc;
- Sair sem cartão de crédito ou talão de cheques. Levar na carteira somente dinheiro suficiente para as despesas do dia.

Ajustes
- Antes de tudo, saiba quanto realmente pretende disponibilizar para quitar as dívidas;
- Tente negociá-las diretamente com os credores ou através de uma conciliação nos postos avançados de conciliação extraprocessual;
- Se houver algum dinheiro aplicado, avalie a possibilidade de utilizá-lo para quitação das dívidas;
- Caso não tenha recursos para saldar as dívidas, avalie também a possibilidade de obter crédito com taxas menores, como o empréstimo consignado ou utilizando a portabilidade de crédito. Neste caso, fique bem atento a todos os valores, principalmente dos juros, taxas, CET e demais encargos e faça uma avaliação cuidadosa.

FONTE: G1
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