Escolas rurais de Ibaiti passam a contar com ginásios cobertos

Outubro é um mês de festa para a comunidade escolar de Ibaiti, no Norte Pioneiro.  Dois importantes colégios rurais do município vão, enfim, ganhar quadras cobertas. As obras colocam ponto final a uma espera de mais de 20 anos e resolvem problemas estruturais e pedagógicos dos centros de educação.

Somado, o investimento no Colégio Estadual de Campo Caetano Munhoz da Rocha e Colégio Estadual de Campo Affonso Martinez Albaladejo é de R$ 630 mil. Os espaços esportivos já poderão ser usados no retorno das aulas presenciais, ainda sem data definida por causa da pandemia do novo coronavírus.

“O Governo do Estado tem uma série de ações em andamento para ampliar a estrutura das escolas que formam a rede pública de ensino. A intenção é sempre melhorar para que o aluno possa se concentrar apenas nas aulas, em aprender o que está sendo ensinado”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “E isso vale também para os professores, para que possam ficar focados somente nas questões pedagógicas”, acrescenta.

Chefe do Núcleo Regional de Educação de Ibaiti, a professora Leila Torres explica que as construções terão impacto imediato nas aulas de educação física. Essencialmente por não precisarem mais ser canceladas por razões climáticas. “Seja pela chuva ou pelo sol muito forte, invariavelmente as aulas tinham de ser canceladas. Os estudantes eram obrigados a ficar dentro das salas de aula fazendo qualquer outra atividade. E não é a mesma coisa”, afirma.

A professora lembra, porém, que os efeitos vão além da prática esportiva. Segundo ela, a intenção é que os ginásios funcionem como um grande ponto de encontro de toda a região, um centro de lazer que não existe nessas áreas rurais. O Colégio Caetano Munhoz da Rocha, por exemplo, fica a 40 quilômetros de distância da região central de Ibaiti, no bairro Vassoural.

“Hoje não há um espaço para os eventos escolares como feira de ciências, apresentação para os pais, o que atrapalha a questão pedagógica. Agora, com o ginásio coberto, teremos a estrutura adequada”, diz. “E, claro, a ideia é que possam servir também a pessoas de fora das escolas”.

CAETANO MUNHOZ DA ROCHA – Heberson Júnior da Silva, aluno do 9º ano do Caetano Munhoz da Rocha, é daqueles adolescentes apaixonados por futebol. Não mede esforços e também não recusa convites para bater uma bolinha. Até por isso, ele ergue as mãos para o céu para agradecer o telhado do ginásio. O investimento na unidade é de R$ 314.901,49.

“Sofríamos muito. Quando o sol era forte, queimava tudo a gente. Se chovia não podia ir para a quadra. Há muito tempo que nós alunos queríamos a cobertura”, diz. “O sol bate direto na cara, atrapalha para jogar queimada. Isso quando a aula não era cancelada e tínhamos de ficar na sala copiando texto”, completa Graziele Rodrigues de Oliveira, aluna do 7º ano do ensino fundamental.

Diretora da escola, Alezi Aparecida Pereira da Silva já faz planos de como usar a nova estrutura. “Vamos aproveitar muito, para aulas e eventos. Essa comunidade aqui não conta com opções de lazer. Que bom que agora o Governo do Estado ouviu a nossa voz para um pedido de muitos anos”, ressalta.

AFFONSO MARTINEZ ALBADEJO – Mais próximo ao núcleo urbano de Ibaiti, a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade, o Colégio Estadual do Campo Affonso Martinez Albaladejo também terá um ginásio de esportes remodelado, coberto e com arquibancada para atender a comunidade. O investimento é de R$ 314.941,01.

“Não vamos mais perder bolas porque elas vão para rua”, comemora o estudante Matheus Henrique Castro Alves, do 1º ano do ensino médio. Na escola desde a pré-escola (o complexo funciona em dualidade com o município, com o período da manhã dedicado ao ensino infantil), ele conta os dias para a inauguração do campo de jogo. “Ninguém aguenta mais ter de ficar na sala brincando com jogos de tabuleiro porque está chovendo ou muito sol”, conta.

ESPAÇO ADEQUADO – Secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder destaca que o Governo tem como objetivo garantir um ambiente físico adequado e agradável aos estudantes e profissionais, de acordo com a necessidade de cada unidade escolar.

“Queremos que os alunos e os profissionais da educação se sintam acolhidos, sintam que o ambiente é propício para a aprendizagem e também para o convívio da comunidade escolar. As escolas são ambientes de crescimento e bem-estar e devem proporcionar isso”, explica Feder. “O Governo do Estado aproveitou a pandemia, com a suspensão das aulas presenciais, para arrumar e melhorar as escolas”, acrescenta a chefe do NRE de Ibaiti, Leila Torres.

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