Em três anos, atividades de Engenharia Ambiental crescem 72% no Paraná



As atividades de Engenharia Ambiental têm mostrado crescimento cumulativo nos últimos anos em todo o Paraná, de acordo com levantamento feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR). De 2017 a 2020, o aumento foi de 72% no estado. Em 2020, foram 10.880 Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) emitidas na área, o que representa aumento de 23% em relação ao ano anterior. A ART é o documento que identifica de forma legal, objetiva e rastreável, que a obra foi planejada e executada por um ou mais profissionais legalmente habilitados pelo Crea, e que cabe exclusivamente a este, ou a estes profissionais a responsabilidade técnica pela obra ou serviço realizado.


Para o Conselheiro da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea-PR e membro da Associação Norte Paranaense de Engenheiros Ambientais (Anpea), Engenheiro Ambiental Rafael Ciciliato, o resultado é considerado extremamente positivo, especialmente em virtude da pandemia do coronavírus. “A atividade do Engenheiro Ambiental é considerada essencial, pois se enquadra em processamento de dados ligado a atividades essenciais como indústrias, construção civil, hospitais e sistemas de abastecimento de água e esgoto, por exemplo”, explica. 


As três atividades do setor mais procuradas foram: elaboração de projetos de sistema de esgoto e resíduos sólidos, emissão de laudo de monitoramento ambiental e consultoria de estudos ambientais. Na opinião de Ciciliato, a descentralização do licenciamento ambiental, possível graças à Lei Federal Complementar nº 140, de 8 de fevereiro de 2011, explica o ranking. “O licenciamento ambiental é um ato administrativo, no qual o órgão competente licencia um empreendimento, possibilitando sua localização, construção e operação. Nesse processo de licenciamento, os órgãos exigem estudos e projetos, como o projeto de sistema de esgoto e resíduos sólidos, por exemplo”, diz. “Antes da lei de descentralização, o licenciamento era feito exclusivamente pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), atual Instituto Água e Terra (IAT) e Ibama, caso o impacto tivesse abrangência nacional. Após a mudança de legislação, os licenciamentos passaram a ser emitidos também pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente. Isso ampliou a atuação dos engenheiros ambientais e principalmente a defesa e conservação dos recursos naturais, visando o meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à saúde, à segurança e ao bem-estar da população”, argumenta. 


Em época de pandemia, o Engenheiro Ambiental tem atuação fundamental em hospitais, por exemplo. É este profissional que faz o plano de gerenciamento de resíduos. “Os hospitais geram diversos resíduos desde os infectantes, químicos, radioativos, comuns, perfurocortantes, entre outros. Cada tipo de resíduo possui uma destinação específica”, cita o Conselheiro. 


Em Londrina e nos 51 municípios que abrangem a região Norte atendida pelo Crea-PR, são 128 profissionais capacitados. No Paraná, são 2.149. Na cidade de Londrina, há 77 engenheiros registrados atualmente. “Analisando os números levantados pelo Crea-PR é possível perceber que a cada ano ocorre aumento de atividades dos profissionais, demonstrando procura maior por esses serviços, o que mostra inclusive, a valorização do profissional”, analisa o facilitador de fiscalização do Crea-PR, Engenheiro Civil Alexandre Barroso.“O aumento das atividades de Engenharia Ambiental acompanha as ações integradas realizadas pelo Crea-PR em todo o estado, que buscam o combate ao exercício ilegal da profissão e a ética, culminando, assim, na valorização do profissional de Engenharia Ambiental”, conclui Ciciliato.

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