Não é hora de baixar a guarda, diz Michele Caputo



O deputado Michele Caputo (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar de Enfrentamento do Coronavírus, disse na última semana que não é hora “de baixar a guarda” contra o covid e sim, manter as medidas de biossegurança básicas como o uso de máscara, higiene das mãos e evitar aglomerações.

O alerta de Michele Caputo permeou as exposições da 22ª reunião da frente. Deputados, prefeitos, especialistas e autoridades sanitárias estão preocupados com as festas de fim de ano e com o aumento do fluxo de pessoas em regiões como a do litoral paranaense.

A diretora geral assistente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mariângela Simão, foi enfática: não é hora de relaxar nas medidas sanitárias que evitam a transmissão, não importando qual a variante predominante no país. Segundo ela, a Europa passa por uma nova onda de transmissão evidenciada pelo relaxamento das medidas de distanciamento social e baixa vacinação em alguns países.

“A Europa prediz o que pode acontecer nas Américas ao final do nosso verão. Os casos e óbitos lá dobraram nos últimos dois meses, com vários fatores envolvidos. A variante predominante em uma nova onda é a Delta. Houve confiança demasiada na cobertura vacinal em vários países, com relaxamento do distanciamento social. Quando os casos começaram a aumentar, em setembro, houve uma reintrodução muito lenta dessas medidas”, afirmou.

TESTES – É preciso fortalecer, segundo Mariângela Simão, o sistema de vigilância, fazer testagem, ter capacidade para o sequenciamento do vírus na identificação das variantes. “A mobilidade social ainda é preocupante porque é terreno fértil para a transmissão de qualquer variante. Está ocorrendo uma insurgência de casos, não uma opinião, é uma observação científica. O impacto da ômicron não está claro. Precisamos melhorar a resposta contra a Delta, porque ajuda no controle das outras variantes”, destacou.

Ainda de acordo com Mariângela Simão, a imunidade depende de três doses das vacinas, como algumas que são rotineiramente aplicadas em crianças. “É preciso vacinar, testar e proteger, estabelecer as medidas de distanciamento social com campanhas de governo no incentivo à conscientização. Os setores legislativos têm funções essenciais neste sentido. A pandemia não acabou, precisamos de tranquilidade e manter e criar as políticas públicas para que a população saiba como agir”, afirmou.

SOB CONTROLE – A médica coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, Acacia Nasr, explicou que a taxa de transmissão no Paraná está controlada, mas há a preocupação que ela aumente com a introdução de uma nova variante. “Nossa média móvel teve redução de 52% nos últimos 14 dias. Enquanto todos não estiverem protegidos, ninguém estará”, alertou.

“É preciso manter estratégias de rastreio de contato, controle de surtos, teste de triagem e quarentena e uso de máscaras. Temos um contingente populacional que não fez a segunda dose no momento em que já estava disponível e ele deve procurar as unidades de saúde para completar sua imunização”, apoantou Acacia Nasr.

Sobre a variante ômicron, a médica afirmou que é importante fazer a testagem para identificar se a variante circula no estado. “Ela é detectável pelo teste PCR. Se quisermos reduzir o nível de contaminações, precisamos manter as medidas de distanciamento, uso de máscaras, fazer os testes e buscar a vacinação completa, inclusive com as doses de reforço recomendadas pelo Plano Nacional de Imunizações”, frisou.

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