Em seminário, autoridades destacam importância de ações integradas para o combate à violência contra a mulher

 


Em seminário promovido na última sexta-feira (25), representantes da Polícia Civil, Poder Judiciário, Administração Municipal e sociedade civil organizada debateram meios e estratégias para reduzir os casos de violência contra a mulher, bem como conscientizar a população da importância das denúncias e de procurar as autoridades no município de Santa Helena.
No início do evento, a advogada Maíra Soalheiro Grade, analista judiciária junto ao Tribunal de Justiça do Paraná e membra do CMDM, apresentou números alarmantes do Município de Santa Helena. Durante todo o ano de 2021, foram solicitados 108 pedidos de medidas protetivas. “Em 2022, até novembro, já tivemos 110 pedidos. É um dado preocupante e que deve ser levado a sério. A violência contra a mulher é um problema de todos e deve ser combatida com ações efetivas e atuação integrada do Poder Público” destacou a advogada.
Além disso, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada sete horas uma mulher foi assassinada no Brasil em 2021. Segundo a delegada da Polícia Civil e titular das Delegacias da Mulher e Nucria de Cascavel, Bárbara Raquel Valeski Strapasson, a violência sempre deve ser denunciada. “Nem toda violência é física, então desde a primeira ameaça ou xingamento, também procurem a polícia, órgãos competentes e façam a denúncia”, reforça Bárbara.
A delegada também destacou a importância de uma atuação intersetorial. “O combate a violência contra a mulher deve ser feito de forma multidisciplinar, envolvendo toda a sociedade, Judiciário, Polícia, Assistência Social e demais esferas. Por isso a importância de eventos como esse, que são essenciais para conscientizar a população e levar informações sobre o tema”, finalizou.
A Promotora de Justiça, Helena Ghenov Pomeraniec, explicou como funcionam os processos judiciais relativos ao tema, além de destacar que o Ministério Público está à disposição da população. “A culpa nunca é da vítima e nenhum tipo de agressão é aceitável. Os casos que passam pela procuradoria são exemplos muito claros de relacionamentos abusivos e do ciclo de violência que essa mulher está inserida. Por isso, precisamos que a mulher busque a nossa ajuda e que a sociedade atue para fortalecer as vítimas, garantindo o apoio e suporte necessário”, explicou a promotora.
Para finalizar, a psicóloga do Creas, Thaisa Schneiker, deu informações sobre o trabalho da equipe e da rede municipal de atendimento. “Quando a vítima da entrada no Creas é realizado o acolhimento e análise do caso. Não é raro atendermos mulheres que passaram por diferentes relacionamentos abusivos, por isso a importância desta rede de apoio para mudar a cultura e terminar esse ciclo da violência”, destacou a psicóloga.
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO - O Seminário faz parte de um grande leque de ações que foram realizadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher no mês de novembro, dedicado ao combate a violência contra a mulher. Durante o período, também foram distribuídos materiais impressos com orientações, materiais nas redes sociais e veículos de comunicação, palestras em empresas e cooperativas, além de um vídeo com participação de representantes da sociedade, Poder Público e Judiciário.
ONDE PROCURAR AJUDA - Em Santa Helena, o CREAS (45 3268 8279) é umas das referências e oferece apoio e orientações para que a vítima se fortaleça e consiga sair do ciclo da violência, encontrando proteção e assistência adequada.
Em caso de emergência, a indicação é ligar no 190 e pedir o apoio da polícia. Além disso, a Central 180, do Governo Federal, registra denúncias de violações contra mulheres e encaminha para os órgãos competentes para realizar o monitoramento e acompanhamento.

FONTE: PREFEITURA DE SANTA HELENA
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