Saques do PIS/Pasep serão retomados nesta quarta-feira

Os trabalhadores com menos de 60 anos que têm direito à cota do PIS/Pasep voltam a receber o dinheiro nesta quarta-feira (8). O dinheiro cairá na conta de quem trabalhou com carteira assinada ou foi servidor público entre 1971 e 4 de outubro de 1988 e é cliente da Caixa ou do Banco do Brasil. As informações são de Cristiane Gercina Clara Cerioni na Folha de S. Paulo.

O saque do benefício ficou bloqueado por mais de 30 dias para que fosse aplicada a correção aos valores. Quem sacar o dinheiro agora receberá com reajuste de 8,9741%. Segundo o Ministério do Planejamento, somente esses correntistas têm direito aos R$ 5 bilhões.

No dia 14, o dinheiro será liberado para cotistas que não são clientes dos bancos e têm menos de 60 anos.A Caixa é a responsável pelo pagamento do PIS. Para fazer a consulta, o trabalhador pode acessar o site www.caixa.gov.br/cotaspis.

Servidores recebem o Pasep no Banco do Brasil. A consulta é feita em www.bb.com.br/pasep ou nos caixas eletrônicos. No caso do PIS, é possível saber os valores. Já no do Pasep, a consulta mostra apenas se há direito ou não.

Quem tem até R$ 1.500 de PIS para receber pode ir ao caixa eletrônico com a senha do Cartão do Cidadão. Nas lotéricas, é preciso ter senha, cartão e documento com foto.

Saques até R$ 3.000 podem ser feitos com Cartão do Cidadão, senha e documento em todas as unidades. Valores acima de R$ 3.000 só saem em agências.


FONTE: UOL ECONOMIA

Reunião com caminhoneiros termina sem acordo e greve continua

A reunião na Casa Civil nesta quarta-feira (23) com entidades que representam os caminhoneiros e o governo federal terminou sem acordo. A categoria se encontrou com representantes da União em busca de um acordo para encerrar a greve que paralisa estradas e provoca desabastecimento pelo Brasil desde a última segunda-feira (21).
Estavam presentes o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; dos Transportes, Valter Casemiro; da secretaria de governo Carlos Marun; o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mário Rodrigues, o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes, e o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno.
Após a reunião, Bueno afirmou que o governo não apresentou uma proposta concreta. Ficou acertada uma nova reunião nesta quinta (24), também no Palácio do Planalto. “O governo não ofereceu nada até agora. A proposta foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã [quinta, 24] às 14h”, disse o presidente da CNTA.
Ainda de acordo com o presidente da entidade, os ministros na reunião explicaram a “impossibilidade” de atender às reivindicações da categoria. Questionado sobre se a categoria atenderá ao pedido de “trégua” do presidente Michel Temer, Diumar afirmou que ficou apenas estabelecido o prazo para a nova reunião. “Não se trata de trégua, ele pediu um prazo para nos dar uma reposta, e o que foi estabelecido hoje foi esse prazo até amanhã às 14h”, declarou.
Diumar também destacou que a confederação avisou o governo sobre a insatisfação da categoria com o preço do diesel, além do pedido pelo fim da cobrança de pedágio de caminhões que trafegam vazios e com os eixos suspensos.

FONTE: Jornal Gazeta do Povo com FolhaPress
FOTO: Nilton Cardi - Estadão Conteúdo

Governo propõe queda de 5 centavos no combustível para encerrar greve

O governo anunciou na terça-feira (22) um acordo com o Congresso para zerar a Cide (um tipo de tributo) do diesel. Mas o impacto da medida será quase imperceptível nos preços na bomba. A alíquota da Cide sobre o combustível é de R$ 50 por metro cúbico, o equivalente a R$ 0,05 (cinco centavos) por litro.

Com a retirada do tributo, o Planalto esperava convencer caminhoneiros autônomos a retomar as atividades e desobstruir rodovias – eles estão em greve desde o início da semana, o que já ameaça o abastecimento e a produção de diversos setores. Os motoristas, no entanto, consideraram a medida insuficiente e mantêm os protestos.

Uma redução de cinco centavos no preço do diesel não compensaria nem sequer os reajustes da última semana. Na quarta-feira passada (16), a Petrobras vendia o combustível em suas refinarias por R$ 2,27 o litro, em média, sem contar impostos. Desde então, o preço médio subiu sete centavos, chegando a R$ 2,34 por litro nesta quarta (23). Nos últimos três meses, o aumentou foi de 52 centavos.

Com a nova política da Petrobras, implantada no início de julho de 2017, os valores dos combustíveis na refinaria são alterados quase todos os dias, conforme as variações do preço do petróleo no mercado internacional. E ele subiu bastante de lá para cá. Estava perto de US$ 48 por barril e nos últimos dias passou de US$ 79. O dólar também avançou muito desde então, saindo da casa dos R$ 3,30 para quase R$ 3,70.

O impacto sobre o consumidor é nítido. O preço médio do diesel nos postos do país era de R$ 2,99 por litro em junho de 2017, segundo pesquisas da ANP, agência reguladora do setor. Na semana passada, o valor médio chegou a R$ 3,60 – uma alta de 61 centavos, ou 20%, em menos de um ano.
A gasolina, por sua vez, subiu de R$ 3,55 para R$ 4,28 por litro no mesmo intervalo, o que corresponde a um aumento de 73 centavos, ou 21%. Pelo menos por enquanto, o governo não sinalizou a intenção de reduzir ou zerar a Cide da gasolina, cuja alíquota é de R$ 100 por metro cúbico, ou dez centavos por litro.

TEXTO: Fernando Jasper - Jornal Gazeta do Povo
FOTO: Antônio Picolli - Jornal Tribuna do Vale