ARTIGO DO EVERTON: EDUCAÇÃO, um PROBLEMA com soluções...



Acreditem! Sim, é possível reformular nossa educação e recomeçar! Mas, para isso, precisamos tentar ENTENDER o que os números nos dizem. Vamos lá então...


De todas as CRIANÇAS que entram na PRIMEIRA SÉRIE do ENSINO FUNDAMENTAL, somente a  METADE chega no TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO.

Desta METADE, 3 em cada 10 é ANALFABETO FUNCIONAL, entenda-se ANALFABETO COM UM CERTIFICADO.


MILHARES de alunos que terminam o ENSINO MÉDIO não fazem o ENEM. 


No ENEM de 2020, tivemos 28 candidatos que obtiveram a nota máxima e mais de 86 mil zeraram a atividade.

Em 2019, cerca de 143 mil participantes tiraram nota zero na redação do ENEM. A quantidade é maior em relação ao ano anterior (2018), quando aproximadamente 112 mil zeraram a redação. 


Em 2014, a UNICAMP fez  estudo onde constatou-se que 

"a grande massa de estudantes que concluem o ensino médio em escolas públicas não considera o ingresso em universidades públicas", diz Marcelo Knobel.

Políticas de inclusão atreladas apenas ao vestibular são insuficientes, aponta o físico, ex-reitor de graduação da Unicamp e membro do conselho editorial da revista Ensino Superior Unicamp.


Estes números e relatos nos mostram muitas coisas, dentre elas, que a máxima "ESCOLAS do século 19, PROFESSORES do século 20 e ALUNOS do século 21", escancara o DESCOMPASSO TEMPORAL deste MODELO ESCOLAR ULTRAPASSADO, cujos objetivos são DISCIPLINAR,  CONTROLAR E CRIAR SERES REPETIDORES DE TAREFAS. Por isso, quando vamos para a escola, temos que DECORAR as coisas, mesmo tendo um TABLET ou SMARTPHONE nas mãos. Não que ler e escrever seja dispensável, muito pelo contrário, mas a dinâmica escolar ainda sofre com as influências CARTESIANAS no ensino. Por aqui, aprendemos tudo SEPARADO, ou seja, português, matemática, química, física, biologia, geografia etc., não se encontrarão em momento algum. Ou seja, passamos 12 anos pela escola sendo DOUTRINADOS a acreditar nisso. Na sequência, vamos para a FACULDADE para sermos EXECUTORES DE TAREFAS e as disciplinas também não se encontram. Naturalmente, quando se chega na Administração Pública, por exemplo, pensa-se desta FORMA, com uma visão LIMITADA e FRAGMENTADA DE MUNDO. Não é à toa que escutamos: ah, isso é lá na saúde! Isso é lá na Assistência Social, e por aí vai... Ninguém consegue ver o todo e a tragédia só cresce...


Isso se arrasta desde as primeiras escolas brasileiras, mas ninguém tem a coragem de quebrar com este sistema ineficiente e ineficaz.


Quem vai apertar a TECLA PAUSE e REINICIAR a EDUCAÇÃO?


Num país onde PROFESSOR não tem valor e TREINADOR DE FUTEBOL é chamado de PROFESSOR, fica difícil... nada contra o futebol, treinadores e jogadores...  Amo futebol...


Por Everton Marcelino


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