Vacina da UFPR deverá ser entregue esse ano e laboratório da UEM vai pesquisar imunizante



O deputado Michele Caputo (PSDB) destacou nesta quinta-feira, 3, a importância das universidades públicas no avanço para a produção de vacinas contra o coronavírus (covid-9). A UFPR (Universidade Federal do Paraná) já está em fase de testes pré-clínicos para produção do imunizante e a UEM (Universidade Estadual de Maringá) vai implantar um laboratório de biossegurança capaz de produzir vacinas e medicamentos contra a doença.


"Estamos na fase três da doença, a variante ômicron, é o melhor enfrentamento ainda é a vacina. Essa fase pode ser a última, mas vamos ter que conviver muito tempo com a doença, e vamos precisar de vacinas e medicamentos pelo menos uma vez por ano. A vacina da UFPR e o laboratório da UEM vai contribuir em muito com as ações que continuarão nos próximos", disse Michele Caputo, coordenador da Frente Parlamentar contra o Coronavírus e farmacêutico formado na UEM. 


Michele Caputo destacou ainda o trabalho realizado pelas universidades públicas estaduais e pelos hospitais universitários. "Os hospitais estão fazendo um excelente trabalho e os professores e estudantes da área de saúde participaram de mutirões, desenvolveram pesquisas, atenderam nos telemedicinas, formaram grupos de estudos, enfim, ajudam e muito calcados na produção científica".


*Vacinas -* Os pesquisadores da UFPR esperam fechar ainda este ano todas as fases do desenvolvimento do imunizante. A vacina usa insumos nacionais e tem tecnologia de produção 100% desenvolvida na universidade paranaense, fruto de pesquisas com biopolímeros biodegradáveis e com partes específicas de proteínas virais. Outro ponto positivo é o custo de produção. 


Atualmente se gasta menos de R$ 5 para fabricar cada dose. A vacina da tem características multifuncionais. Isto quer dizer que pode ser recombinada para servir como imunizante para outras doenças, como dengue, zika vírus, leishmaniose e chikungunya.


Na UEM, o Laboratório de Nível de Biossegurança 3 (NB-3), primeiro no interior do Paraná, servirá também para pesquisas com agentes patogênicos altamente contaminantes e de elevado risco biológico, o que poderá trazer desenvolvimento de vacinas e medicamentos para covid-19, dengue, zika, chikungunya e tantas outras doenças causadas por vírus, bactérias, fungos e protozoários.


O NB-3 será instalado na Central de Tecnologia em Saúde da UEM em Maringá. O investimento de R$ 2,5 milhões será feito através da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos. O laboratório, que deverá ficar pronto  ainda neste ano, servirá para pesquisadores tanto da universidade quanto externos, especialmente em nível de pós-graduação.

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