Com plateia lotada, Isabel Leonard canta pelos 330 anos de Curitiba

 

Depois de três décadas, Curitiba comemorou aniversário novamente com ópera e plateia lotada. O concerto de 330 anos da cidade, na noite de quarta-feira, 29 de março, no Teatro Positivo, presenteou o público com virtuoses da música de câmara e do canto lírico.

Sob a regência do maestro Ira Levin, o espetáculo reuniu a mezzo soprano nova-iorquina Isabel Leonard, os talentos curitibanos da nova geração Vitorio Scarpi e Ornella de Lucca, e os 60 componentes da Camerata Antiqua de Curitiba.

Ao interpretar high lights do repertório operístico, os solistas trouxeram a lembrança do espetáculo dos 300 anos de Curitiba, em 1993, com o tenor espanhol José Carreras, na Pedreira Paulo Leminski. Na época, o prefeito da cidade era também Rafael Greca, em seu primeiro mandato.

“Esse espetáculo, para todos os curitibanos que amam verdadeiramente Curitiba, é o símbolo do pertencimento, do amor à cidade. O que fizemos hoje foi uma celebração da alegria de pertencermos a Curitiba”, disse o prefeito Rafael Greca, que acompanhou o concerto ao lado da primeira-dama, Margarita Sansone. 

O programa variado, com solos, duetos e conjunto de vozes e instrumentos, possibilitou que os músicos exibissem habilidade técnica e artística, encantando a plateia a cada apresentação.

O concerto dos 330 anos da cidade começou com a interpretação do Hino de Curitiba, de Bento Mossurunga, pela Camerata Antiqua. Seguiu com coro e orquestra apresentando o Te Deum, de Joseph Haydn, e a abertura da ópera Bodas de Fígaro, de Mozart, quando então entraram os solistas. Isabel Leonard, Ornella de Lucca e Vitorio Scarpi se dividiram na apresentação de trechos de óperas famosas de Mozart, Rossini, Puccini, Bizet, Verdi e Villa-Lobos.

Isabel Leonard, premiada três vezes com o Grammy Awards e pela primeira vez no Brasil, foi a convidada especial da noite. Ela emprestou sua belíssima voz para cantar também a popular Bésame Mucho, da compositora mexicana Consuelo Velázquez Torres, e convidou a plateia para acompanhá-la. 

No grande final, todos juntos – solistas, coro e orquestra – interpretaram a ária de La Traviatta, de Verdi. No bis, Isabel presenteou o público com Somewhere (West Side Story), de Leonard Bernstein.

“Muito obrigada por me receber em sua cidade”, agradeceu Isabel, em português. E continuou, em espanhol, contando que sua mãe é de Buenos Aires, daí sua afinidade com a música latino-americana.

O maestro Ira Levin, que também é norte-americano e atualmente está radicado no Brasil, comentou sobre a apresentação. “Foi um grande prazer reger esse concerto pela primeira vez com a Camerata Antiqua de Curitiba e com essa grande artista. Foi uma experiência muito agradável e positiva”, disse.

O concerto contou com a presença do vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, com a mulher, Paula Mocelin; do senador Oriovisto Guimarães; da presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro; do diretor executivo do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac), Marino Galvão Júnior; da secretária municipal de Comunicação Social, Cinthia Genguini, do assessor especial, Lucas Navarro; do embaixador do Nepal no Brasil, Nirmal Raj Kafle, e a embaixadora da República Tcheca no Brasil, Sandra Lang Linkensederová; do cônsul da Argentina, Pedro Marotta, do cônsul honarário da Bélgica, João Casillo, com a esposa, Regina Casillo; do presidente da presidente da Ligga, Wendell Oliveira; o deputado federal Ricardo Barros e a deputada estadual Maria Victoria; e do vereador Angelo Vanhoni e da presidente da OAB-PR, Marilena Winter. 

Público

Aniversariante do dia, assim como a cidade, a jornalista Simone Esmanhotto voltou depois de quatro anos fora do Brasil e foi direto para o concerto do aniversário de Curitiba com toda a família. “Viemos comemorar o reencontro e o meu aniversário. Não poderia ter melhor boas-vindas que essa, todos juntos aproveitando um espetáculo tão lindo”, comentou. “Pareceu filme, matar a saudade da minha filha com uma trilha sonora ainda”, finalizou a mãe, Solange Esmanhotto.

De São Paulo, Silvia Chimelli fez um bate-volta apenas para poder ver Isabel Leonard de perto. Foram 12 horas de ônibus apenas para estar perto da cantora. Trouxe também um presente com lembranças brasileiras: o chocolate preferido de Isabel, cachaça e um ursinho.

“Sigo a carreira dela há mais de 10 anos, vejo vídeos, acompanho nas redes sociais e já cheguei a ir no Metropolitan Opera House assistir às Bodas de Fígaro. Não poderia perder aqui no Brasil”, comentou Silvia. “A cidade de Curitiba está de parabéns pela iniciativa de trazer artistas de alto nível”, completou a fã.



FONTE: PREFEITURA DE CURITIBA

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