Foi a partir das histórias sobre a viagem da irmã para a Nova Zelândia – e de como essa experiência no outro lado do mundo mudou a vida dela para sempre – que Pedro Henrique Scatambuli começou a sonhar em fazer um intercâmbio. Apenas três anos depois, esse sonho virou realidade. Aos 15 anos, o estudante do Colégio Estadual David Carneiro, em Guapirama, no Norte Pioneiro, foi selecionado para a 6ª edição do Ganhando o Mundo, o programa de internacionalização da educação promovido pelo Governo do Estado.
“Quando minha irmã voltou da Nova Zelândia, ela só falava sobre isso. Contava as histórias e mostrava as fotos”, conta Pedro, que agora se prepara para embarcar em sua própria jornada internacional, com embarque agendado para 2026 a um destino ainda a ser definido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). “Estou fazendo três cursos de inglês ao mesmo tempo para me preparar. Espero que seja uma experiência bem legal”, acrescenta o estudante.
Aos 18 anos, a sua irmã, Maria Eduarda Scatambuli, ainda fala sobre intercâmbio com empolgação. “A gente volta totalmente diferente. Conhecer a Nova Zelândia foi algo surreal. A cultura é riquíssima, o povo é receptivo e a gente aprende muito na convivência com eles”, diz.
Ela fez parte da 2ª edição do Ganhando o Mundo. Saiu do Aeroporto Afonso Pena em julho de 2022 e passou três meses em Lower Hutt, cidade vizinha a Wellington, a capital neozelandesa. Estudou na Hutt Valley High School e foi acolhida por uma família anfitriã que a ajudou a se adaptar desde o primeiro dia.
“A família que me recebeu me levou para conhecer a cidade, a escola, me explicou como tudo funcionava. Durante o intercâmbio, viajei com eles para Taupo e também participei de uma excursão com outros intercambistas brasileiros para Rotorua. Foi tudo muito intenso e incrível”, relata Maria Eduarda.
Antes da viagem, ela conta que tinha apenas uma noção básica de inglês. “Eu tinha uma base, mas mal conseguia me comunicar. Com o curso que o programa ofereceu antes do embarque e com a vivência lá consegui evoluir muito. Hoje consigo conversar com nativos com mais segurança. Ainda tenho muito a aprender, mas avancei bastante”, avalia.
Além das descobertas culturais e do aprendizado da língua, ela destaca as amizades como um dos principais ganhos da experiência. “Fiz amigos do Peru, da África do Sul, de Singapura. Mas os laços mais fortes foram com as meninas brasileiras que foram comigo. A gente se aproximou muito. Saíamos sempre depois da aula e nos fins de semana. Até hoje nos falamos quase toda semana. Mesmo morando em outras cidades do Paraná, criamos uma amizade que eu pretendo levar pra vida inteira”, revela.
Para Pedro, a convivência com a irmã foi essencial na decisão de participar do programa. “Ela me incentivou desde o início, mas também tive muito apoio da escola. A diretora e os professores me ajudaram bastante, me motivaram a tentar.”
Ele acredita que a sua dedicação fez a diferença para tornar-se um dos selecionados. “Participei de monitorias, faltei pouco às aulas e também já tinha feito os cursos do Inglês Paraná, que são coisas que contam pontos na classificação do programa”, comenta o estudante.
FONTE: AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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