Férias é um período de liberdade para as crianças, que
passam os dias brincando em casa, nos parques, quintais e vizinhanças. Mas é
também nas férias que se concentra a maior parte dos casos de acidentes
domésticos. As ocorrências registradas nessa época podem ser evitadas através
de medidas simples de prevenção.
O acidente doméstico varia de acordo com a faixa etária,
sendo os casos mais freqüentes provocados por quedas, queimaduras, ingestão de
medicamentos ou produtos de limpeza, engasgos e afogamentos. Estes acidentes,
quando não matam, podem mutilar a criança e até deixar seqüelas neurológicas
irreversíveis. Para evitá-los, medidas simples podem ser tomadas, como, por
exemplo, colocar protetor nas tomadas e não deixar produtos químicos e
medicamentos em locais de fácil acesso.
A cozinha, segundo especialistas, é o lugar mais perigoso da
casa e merece alerta especial. Deixe sempre os cabos das panelas virados para
dentro no fogão e muito cuidado com o álcool que pode provocar queimaduras.
Forno ligado e ferro de passar, quente, também causam acidentes.
Outra orientação importante é
evitar dizer aos filhos que o remédio é doce ou gostoso. Isto pode estimulá-los
a consumir os medicamentos sem a supervisão de um adulto. Vale ressaltar ainda
que em caso de contaminação ou queimadura é importante não realizar a
automedicação. Procure sempre o pronto-socorro mais próximo e, na ocorrência de
envenenamento, é aconselhável levar o produto para análise da equipe médica.
Dados do Ministério da Saúde apontam que os
acidentes ou lesões não intencionais são a principal causa de morte entre as
crianças de 1 a
14 anos de idade, respondendo por 4,7 mil óbitos e 125 mil internações/ano. É
um índice alarmante, especialmente se levarmos em conta que mais de 90% dos
acidentes poderiam ser evitados com medidas de prevenção adequada. “Todas as
faixas etárias incidem em risco para acidente e toda criança necessita de
supervisão e orientação.Algumas dicas que podem ajudar os pais nos cuidados e
especialmente na prevenção desses acidentes:
- É importante evitar qualquer que
qualquer objeto com água fique ao alcance da criança, como baldes, bacias,
banheiras, até mesmo o vaso sanitário pode apresentar perigo. É necessário
um mínimo volume de água para que aconteça um acidente fatal. Piscinas devem
ter grade de proteção de no mínimo 1,5 m de altura e portões de acesso. Importante
nesses casos os pais e responsáveis nunca deixarem brinquedos dentro da piscina
ou banheira, pois a criança pode querer buscá-los.
- As tomadas elétricas devem ser
tampadas e quinas de mesas e outros móveis protegidas.
- Nunca deixe medicamentos,
produtos de limpeza e sacolas plásticas ao alcance das crianças, pelo risco de
intoxicação e sufocamento/asfixia.
- Cozinha não é lugar de criança!
De toda forma, alguns cuidados são importantes: os cabos das panelas devem ser
direcionados para dentro do fogão, e tenha cuidado com toalhas de mesa muito
longas, pois o bebê pode ter a curiosidade de puxá-las
- Uma informação muito difundida é
a que diz que não se pode deixar a criança dormir depois de uma queda, mas não
é bem assim. Temos que ficar atentos a sonolências excessivas, àquela criança
que está dormindo além do habitual para sua rotina.
- Se houver hematomas (galo na
cabeça), perda ou alteração da consciência (desmaios), sangramento nasal ou
pelo ouvido, vômitos, convulsões e sonolência excessiva, é necessário
encaminhar a criança ao pronto socorro, onde será examinada pelo pediatra, que tomará
as condutas imediatas necessárias e posteriormente encaminhará a criança para
avaliação neurológica, seja durante a internação ou após alta hospitalar.
Jéssica Constuchenko
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