Cemitério ganha câmeras e cerca elétrica para coibir criminalidade

Para coibir o consumo de drogas, depredações e outras práticas ilícitas durante a madrugada, a Prefeitura de Santo Antônio da Platina está instalando cerca elétrica e seis câmeras de vigilância nos muros do Cemitério São João Batista, no centro da cidade. Longe do alcance do olhar dos policiais que fazem a ronda em viaturas, o lugar se tornou ponto de encontro de dependentes de crack e motivo de dor de cabeça para os responsáveis.
Com a medida, o administrador Romilson Ferreira espera também conter os furtos dos adornos de bronze, evitar o vandalismo e até mesmo a violação das sepulturas. “Como a área é ampla e de difícil controle, esta foi a única maneira que encontramos para manter esse pessoal longe daqui”, conta.
A falta de segurança ou de qualquer controle de quem frenquenta os cemitérios foi escancarada após um coveiro encontrar, no dia 12, um recém-nascido morto, abandonado no vaso sanitário de um banheiro do Cemitério Parque das Oliveiras, no bairro Rennó Park. Dezoito dias depois, a Polícia Civil ainda não sabe o paradeiro da mulher.
O caso poderia ser facilmente solucionado se o cemitério tivesse pelo menos uma câmera instalada na portaria. Os policiais tentaram levantar gravações de outros locais, mas não havia câmeras de segurança particulares nas proximidades do cemitério. De acordo com Ferreira, por enquanto não há previsão de instalação de câmeras ou cerca elétrica no cemitério Parque das Oliveiras, mas ele disse que a prefeitura já estuda o projeto.
A única pista que o delegado Fátimo de Siqueira tem é o depoimento de um pedreiro que viu uma mulher mulata rondando o cemitério dois dias antes do ocorrido. “Os cinco investigadores estão trabalhando no caso, mas até agora não tivemos nenhuma informação que nos leve até a mulher”, contou.
Segundo os investigadores, unidades de saúde da região também foram acionadas para colaborar nas investigações, porém os policiais acreditam que se a ação da mulher foi premeditada, ela nem chegou a fazer acompanhamento médico pré-natal.
Como o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou fraturas múltiplas no corpo do bebê, se identificada, a mãe pode responder por abandono de incapaz seguido de morte ou até mesmo homicídio. A polícia pede para quem tiver informações ou suspeitas que liguem para 190. A ligação é gratuita e não é necessário se identificar.

FONTE: Tribuna do Vale
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