Araucária busca famílias para acolherem temporariamente crianças que aguardam adoção

 

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Araucária (SMAS) busca famílias da cidade que tenham interesse em acolher temporariamente crianças e adolescentes que aguardam decisão judicial sobre guarda ou processo de adoção.
Atualmente há 12 famílias habilitadas e mais 5 em processo de habilitação, porém o perfil das famílias acolhedoras é bem restrito: destas, somente 3 famílias acolhedoras aceitam bebês (para acolher bebê a família precisa ter disponibilidade de tempo), apenas 4 famílias aceitam acolher adolescentes. Pelo perfil observado, a maioria das famílias acolhedoras escolhem o perfil de crianças de 4 a 10 anos. De acordo com especialistas no assunto, o ideal seria Araucária ter no mínimo umas 30 famílias acolhedoras e que aceitassem todos os perfis de acolhimento, como por exemplo, grupo de irmãos.
A assistente social Caroline Kuramoto explica que é muito importante que a criança ou adolescente possa estar em um ambiente familiar em vez de ficar em uma instituição. “Eles são mais estimulados. As famílias acolhedoras atuam como famílias temporárias, nas quais os acolhidos participam da rotina e recebem o cuidado individualizado, afeto e proteção. Em uma família acolhedora a criança ou adolescente tem a oportunidade de estar inserida em uma nova configuração familiar, diferente da sua”, avalia.
Para se ter noção, em uma instituição a rotatividade dos educadores (principais figuras de cuidado) é muito grande, pois trabalham em regime de escala. A criança não estabelece rotina (o educador que coloca a criança para dormir não será o mesmo que a colocará no dia seguinte). A criança não tem uma única figura de cuidado porque são vários educadores e com isso pode ficar mais difícil o estabelecimento de regras e limites. A criança/adolescente precisa de rotina, regras, limites, de uma pessoa de referência para seu desenvolvimento enquanto ser social. A família é a primeira experiência de viver em sociedade para a criança. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já prevê que o acolhimento familiar deve ser preferencial ao acolhimento institucional.
Por que uma criança ou adolescente precisam de acolhimento?
O acolhimento é uma medida de proteção à criança/adolescente que só deve ser aplicada em último caso, quando não existir mais possibilidade da criança/adolescente permanecer em sua família de origem. 
Sobre o Programa Família Acolhedora
Um dos requisitos para participar do programa é que o interessado tenha no mínimo 18 anos. Além disso, a família acolhedora não pode ter interesse em adoção. Desde que a criança é acolhida a equipe já prepara a família para o acolhimento dessa criança, ou seja, é explicado que ela ficará na família acolhedora por um tempo, até poder retornar para casa ou ir para uma família substituta. 
A equipe dá todo o suporte tanto para a família acolhedora quanto para a criança/adolescente acolhido. “Nos reunimos mensalmente para o encontro de formação continuada e troca de experiência com outras famílias acolhedoras. Isso ajuda no processo do luto das famílias acolhedoras na hora da despedida. De qualquer maneira, as famílias sabem que o acolhimento é temporário e o bem que está sendo feito auxiliará a vida do acolhido de maneira profunda. Então quando chega a despedida, a criança e a família acolhedora já estão mais preparados para esse momento. ”, comenta Caroline.
CAPACITAÇÃO – Os interessados em ser uma Família Acolhedora em Araucária passam por uma capacitação oferecida pela SMAS. Detalhes sobre as próximas datas, bem como outras informações, podem ser obtidas por meio dos telefones (41) 3614-1702 ou 9927-3676 (WhatsApp do serviço) ou e-mail: familia.acolhedora@araucaria.pr.gov.br .



FONTE: PREFEITURA DE ARAUCÁRIA
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