Operário cai de 3 metros em obra no Monte Real


Mais um operário se feriu gravemente em um acidente de trabalho na região. A vítima desta vez foi Laércio Alves dos Santos, 44 anos, morador em Japira. Ele trabalhava na manhã de ontem com outros quatro colegas na obra de ampliação e reforma da Unidade Básica de Saúde do distrito de Monte Real, em Santo Antônio da Platina. Santos, que era o encarregado da obra, estava em cima de uma laje recém-construída e, quando pisou no beiral para cortar um galho de uma árvore, um bloco da estrutura se soltou e ele caiu de 3 metros de altura.
A equipe de socorristas do Corpo de Bombeiros foi acionada e encaminhou o acidentado até o Pronto Socorro Municipal. Ele reclamava de muita dor na coluna, porém exames posteriores descartaram qualquer fratura. Uma hemorragia interna teve de ser contida. De acordo com os médicos, o estado de saúde de Santos é estável. Os outros funcionários contaram que por pouco ele não bateu a cabeça em um muro durante a queda.
A reportagem esteve no local e constatou que nenhum dos trabalhadores usava equipamentos individuais de segurança (EPIs), como capacete ou cinto de segurança. A obra do Município foi terceirizada para a Construtora Valle e Assis Ltda, de Pinhalão. Fabrício do Valle Assis, o responsável pela empresa, foi contatado pelo telefone, mas não retornou a ligação até o fechamento desta edição, às 20 horas.
Gilson Diogo de Paula, 45 anos, que também trabalha na obra, contou que já presenciou outros acidentes em obras, porém confessou que também não usava os equipamentos de segurança. “É complicado, eu já vi parceiro meu morrer ao cair de 20 andares em uma obra em Rondônia. Pedi a conta no dia seguinte e voltei pro Paraná”, lembrou.
Há pouco mais de um mês, um operário morreu ao cair do quarto andar da obra de construção de um prédio da Incorporações Botarelli e Almeida, ao lado do Hospital Regional do Norte Pioneiro, no Jardim Monte Verde, em Santo Antônio da Platina. Éder Bruno de Jesus, 49 anos, chegou a ser encaminhado ao Hospital Nossa Senhora da Saúde, mas não resistiu as fraturas nas pernas, costelas e bacia. Apesar de a dona da construtora afirmar que os equipamentos estão à disposição, ele não usava o cinto. A obra foi interditada para investigações.

FONTE: Celso Felizardo – Jornal Tribuna do Vale
Postagem anterior
Proxima
Postagens Relacionadas

0 Comments:

O que você achou desta matéria???