Cadeia mantém 101 presos em espaço para 57

O número de presos na Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina preocupa as autoridades e os organismos de segurança. A unidade funciona de forma compartilhada com a 38ª Delegacia Regional de Polícia, e atualmente mantém 101 presos no espaço construído para receber 57. Em novembro de 2015, 63 presos promoveram um motim que resultou na destruição de uma das alas do complexo. A superlotação carcerária foi apontada como causa para a depredação do patrimônio do público, e a Justiça determinou imediatamente a transferência de parte dos detentos para outras cadeias e penitenciárias do Estado.

De acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) – responsável pela administração carcerária no Estado, à época os presos condenados aguardavam vagas nas penitenciárias para serem transferidos, o que em tese deixaria a situação da unidade mais confortável e, consequentemente diminuiria o risco de rebeliões por conta da superlotação.

Conforme o Depen, os presos recebem três refeições diárias (café da manhã, almoço e janta) e uma vez por semana a visita de parentes ou amigos. O banho de sol também é semanal. É permitida a entrada de televisores e livros nas celas, assim como a realização de eventos religiosos.

Para ocupar o tempo disponível, os presos produzem terços para uma empresa da cidade, e artesanatos que são comercializados por parentes para ajudar nas despesas domésticas.

A Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina possui 12 celas com 32 metros quadrado cada (três delas construídas de forma improvisada) divididas em duas alas. Uma das celas funciona como ala feminina (atualmente são sete detentas) e outra para o espaço conhecido por seguro (área para manter presos perigosos ou sob risco de morte).

Por questão de segurança, o Depen não informa o número de agentes de cadeia que trabalha na unidade.

Ribeirão do Pinhal

Segundo o Depen, a Cadeia Pública de Ribeirão do Pinhal tem capacidade para receber 26 presos, mas atualmente é ocupada por 36 detentos. A carceragem é de responsabilidade dos agentes de cadeia pública do Departamento Penitenciário do Paraná, e a segurança do prédio – assim como nas demais unidades da região – é feita pela Polícia Civil.

Os presos também têm autorização para receber livros e televisores nas celas, se alimentam três vezes ao dia e as visitas e o banho de sol ocorrem uma vez por semana.

A unidade estava desativada até pouco tempo, e também já registrou fugas e princípio de rebeliões por conta da superlotação carcerária. Cada preso custa pouco mais de R$ 3 mil por mês ao Estado.

FONTE: Luiz Guilherme - Tribuna do Vale
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