A Fonoaudiologia e o AVC (Acidente Vascular Cerebral)

O AVC (Acidente Vascular cerebral), conhecido como derrame cerebral, que segundo pesquisas, é tido como a segunda maior causa de morte no mundo. O AVC é definido como uma manifestação súbita, por insuficiência vascular do cérebro, espasmos, trombose, isquemia e hemorragia, que afetam as pessoas mais idosas, mas segundo pesquisas existe uma porcentagem de 20% dos AVCs ocorrem em indivíduos abaixo dos 65 anos. (Manuila, Lewalle e Nicoulin 2003)
. O AVC pode ser de dois tipos:
A) AVI (Acidente Vascular Isquêmico) é a falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral em pessoas com hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, problemas vasculares e fumantes.
B) AVH (Acidente Vascular Hemorrágico) é o sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, ocorre em virtude de problemas na coagulação do sangue, traumatismos, hipertensão arterial. Pode ocorrer em pessoas mais jovens também, e sua evolução é mais grave do que do AVI.
B) É de suma importância ressaltar que a eficiência em prestar socorro à vitima de AVC em pouco tempo após os sintomas, pois possibilita uma maior chance de cura. Pois através de medicamentos é possível dissolver o coágulo que obstrui o vaso sanguíneo e permite que o sangue volte a circular normalmente. Quanto mais tardio o atendimento, podem ocorrer mais danos cerebrais, e a possibilidade de cura sem sequelas vai depender da área cerebral afetada.
A fonoaudiologia na reabilitação de pacientes portadores de AVC atua de forma multidisciplinar, com isto garante uma melhor qualidade de vida a eles. As áreas correlacionadas a fonoaudiologia são do lobo frontal e temporal, onde se encontram as Áreas de Brocá (Afasia de Brocá) esta área é responsável pela  motricidade da fala, e a Área de Wernicke é o córtex responsável pela compreensão verbal, áreas ligadas a comunicação humana e de responsabilidade da fonoaudiologia. Outra função importante que pode ser afetada é a deglutição, onde a mesma deve ser avaliada por um fonoaudiólogo. Quando acontece de acometer esta área chamamos de Disfagia, ou seja a incapacidade de deglutir de forma eficaz, a importância da avaliação do fonoaudiólogo no leito hospitalar, ou nos primeiros dias após o AVC, pois irá analisar e investigar as condições do paciente para estar deglutindo de forma segura e eficaz,e sua fala e linguagem também. Há muitos aspectos no paciente com AVC a serem avaliados, por isto a importância da integração da equipe de mutiprofissionais como neurologista, clínico geral, nutricionista, fonoaudióloga, fisioterapeuta, enfermeiros, cuidadores e família.
Não podemos esquecer que cada indivíduo apresenta seu próprio limite de resposta no tratamento, limite esse que deve ser respeitado pelo profissional em parceria com a família.


Rachel Luna
Fonoaudióloga da Secretaria Municipal de Saúde

CRFA-Pr 4955
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