Há 40 anos, as primeiras notas da ópera "Anacreon", de Luigi Cherubini, romperam um silêncio de décadas de espera pela criação da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP). Diante de um Teatro Guaíra lotado, os 60 músicos recém-admitidos para compor o corpo musical marcaram história com uma apresentação épica de estreia daquele que se tornaria um dos corpos artísticos mais respeitados do Brasil.
No dia 28 de maio de 2025 (próxima quarta-feira), a OSP celebra quatro décadas de história. Desde a sua fundação, em 1985, a orquestra marcou a cultura paranaense com um repertório vasto, diversas parcerias internacionais e atuações memoráveis que marcam a excelência musical do Paraná. Neste período, ela também conquistou paranaenses de todas as idades com um programa cultural acessível e plural.
“A Orquestra Sinfônica do Paraná é um grande orgulho para todos nós, paranaenses. Ela está entre as melhores orquestras do Brasil, sem dúvidas, e completa seu aniversário de 40 anos em alta performance, demonstrando uma capacidade muito grande de evolução”, diz o diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Cleverson Cavalheiro.
Desde o desenho original do Grande Auditório Bento Munhoz da Rocha, conhecido como Guairão, já existia a previsão do teatro abrigar um corpo sinfônico próprio. A ideia, no entanto, só saiu do papel anos mais tarde, diante da necessidade do Estado ter uma orquestra profissional.
Ao longo dos anos 1980, muitos músicos paranaenses se formavam na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e precisavam sair do Estado para se dedicar à excelência musical em tempo integral. Outros músicos se apresentavam pela Orquestra Estudantil de Concerto, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mas dividiam as atenções com os estudos de graduação.
Foi nesta época que músicos e gestores culturais locais se articularam para convencer o então governador José Richa sobre a importância da formação da OSP. A proposta foi elaborada pelo cantor lírico Ivo Lessa, a professora Tatiana de Aben Athar e a violonista Eleni Bettes.
“Para convencer o governador, fizemos várias pesquisas em eventos culturais perguntando ao público a opinião deles sobre a importância de uma orquestra sinfônica no Guaíra. O apoio das pessoas era geral. Assim, conseguimos começar o processo para torná-la realidade”, contou Eleni, que na época era coordenadora de Comunicação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura.
FONTE: AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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