ARTIGO: “Zé Preto”

* Vicente Estanislau Ribeiro

Jacarezinho perdeu um dos filhos adotivos que aqui chegou há mais de meio século.
Mineiro de nascimento, com ascendência italiana, da pequena cidade de Arceburgo que carinhosamente é chamada de “um cantinho de Minas”, fica no Sul do Estado.
Seu nome de batismo, José Preto, nasceu em 8 de agosto de 1917, porém foi registrado somente em 1922.
Como tantos outros, ele veio para o Norte do Paraná no final da década de 40, onde começou como mecânico da Agência de Automóveis Chevrolet, na cidade de Cornélio Procópio, sendo um dos donos dessa empresa à época, Walter José Conter.
Não tardou muito, mudou-se para a progressista Jacarezinho, entrada do portal do Paraná com Sul de São Paulo.
Aqui iniciou suas atividades, primeiramente como autônomo, mexendo com trava de direção para automóveis. Como tinha vocação para os negócios, montou sua própria Oficina de veículos à Rua Marechal Floriano Peixoto, ao lado da antiga revenda International de carros de Umberto Fidanza, permanecendo na mesma rua, só que na quadra de baixo, arranjou um sócio, Luiz Tiessi. Tempos depois se tornou único dono.
O auge de sua carreira profissional e comercial foi quando se estabeleceu na Rua Dom Fernando Taddei, no barracão da antiga Chevrolet, prestando serviços nos ramos de funilaria, pintura e mecânica.
Ali, ficou um bom período. Muitos clientes, principalmente de seguradoras, quando tinham seus veículos danificados em sinistros, é para lá que levavam seus carros para conserto. A qualidade e garantia dos serviços prestados pela excelente equipe de funcionários que o Zé possuía, lhes dava esta segurança.
“Zé Preto”, assim como era conhecido pela comunidade local e na região, encerrou suas atividades para desfrutar o que ele semeou, plantou e colheu por décadas de árduo, gratificante e honesto trabalho.
Seus passatempos preferidos, jogo de bocha, era um exímio jogador, ganhou inúmeros campeonatos aqui, na região e por último em Balneário Camboriú, onde tinha uma casa de praia. Gostava também de jogar sinuca e era respeitado pelos companheiros. No antigo Bar do Bigaran, hoje Cleinaldo, passava suas horas de entretenimento com os amigos.
Era viúvo de Maria Justina Persiani, sua mulher e companheira há mais de 50 anos, deixa um casal de filhos do primeiro matrimônio: Edward e Marlene e os enteados, Joary e Juracy.
Coincidência ou não, faleceu aos 89 anos, justamente no dia 2 de maio (quarta-feira), no dia do aniversário de sua companheira, Maria Justina.
Deixo aqui uma singela homenagem ao querençoso amigo que partiu, extensivo aos familiares; “Zé Preto” que sabiamente escolheu como opção a cidade de Jacarezinho de todos nós, para viver, morar, trabalhar e permanecer para sempre no solo das terras de São Sebastião, pois aqui foi sepultado.
Que o Criador o acolha!

* Vicentinho é licenciado em historia e bel. em direito.
   E_mail: ver_vicentinho@yahoo.com.br
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