Bullying ainda é um tabu a ser quebrado

Toca o despertador. O estudante olha para o relógio e pensa em qual desculpa poderá dar para não precisar ir ao colégio. Esta é a situação que milhares de estudantes paranaenses, inclusive em Jacarezinho, passam diariamente. Tudo isto pelo fato de sofrerem algum tipo de tortura por outros alunos, isto compreende como bullying.
Todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente por um ou mais estudantes contra outros. A vereadora de Jacarezinho, Maria Luiza Boberg, (PMDB) comentou novamente nesta semana que é preciso uma ação com os trabalhadores do ensino público para evitar o bullying.
“É muito importante que todos os funcionários da escola, desde o diretor até a pessoa que cuida dos serviços gerais participem desta metodologia para evitar estes tipos de situações”, complementa a vereadora. Entre as atividades mais comuns do bullying é colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, ignorar, perseguir, aterrorizar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, entre outros.
Para uma adolescente da Vila São Pedro a perturbação é diária tanto pelo seu peso como o local que mora. “Eles me humilham por estar acima do peso, além do fato de morar num bairro mais afastado do colégio. Brincam se não preciso pegar ônibus, entre outras coisas piores”, confessa. Ela explica que já falou com os responsáveis pelo estabelecimento de ensino, mesmo após uma conversa com outros alunos, as coisas continuam as mesmas.
Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferece como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo.
“Estas situações tem que ser controladas desde crianças. Para não termos um dia um exemplo como no Rio de Janeiro que um ex-aluno entrou na escola e atirou em vários alunos”, finaliza a vereadora Maria Luiza Boberg.
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